Não queria de todo expor aqui a minha opinião sobre isto. Mas parece que está a surgir uma avalanche em todos os meios de comunicação e blogues sobre as praxes.Não fui frequentadora de nenhuma universidade, mas tem um universidade de renome aqui na cidade onde vivo, fez entrar em contacto diário com os caloiros que iam chegando todos os anos à cidade. E nunca vi interesse, nem fundamento naquele tipo de coisas. Que piada tinha chegar a casa com a cabeça empastada em ovo e farinha, com a cara escrita a dizer montes de barbaridades? Vi em muitos olhares o não prazer do que estavam a vivenciar, mas notava-se um encolher de ombros como quem diz : temos de nos sujeitar para sermos integrados na comunidade universirária». Eu sempre pensei que um dia iria concorrer para alguma universidade e mesmo sem saber se as praxes eram intimidantes ou integradoras eu iria declarar-me anti-praxe. O que me revolta nisto é os Srs. Directores lavarem as mãos quando não sabem nem metade do que se vivência nessas praxes. Passam pelos alunos e fazem de conta que ninguém está ali. E pior como as praxes não se fazem nos recintos das universidades então ai é que sacodem mesmo a àgua do capote.... Enfim acho que tudo é um reflexo do que o país vivência. Uma capacidade de se fazerem desentendidos, de se desculparem sem nexo e acima de tudo deixarem que alunos sejam humilhados e nada façam para os proteger. Porque uma Universidade , que para mim continua a ser uma escola, deveria ser segura, deveria proteger aqueles que irão dar nome onde estudam... enfim. Isto deixa-me profundamente triste por vivermos num país tão avançado para umas coisas, mas no que toca a proteger a vida humana, a vida de jovens que são o futuro do pais, simplesmente fingem não ver e seguem em frente.
Ps: isto nada tem a ver com o «acidente» dos 6 jovens no meco. Dessa história prefiro nem me pronunciar. Já correu tinta que chegue...
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